domingo, 14 de agosto de 2016

A vida é como o vento...
De repente ele surge... uma brisa suave, delicada, com um murmúrio, a pedir atenção... e você lhe dá o que te pede!
E ele vai seguindo, sem rumo, por caminhos desconhecidos,  contornando os obstáculos que encontra.
Um dia ele surge com mais forca e traz  com ele as areias do tempo, transformando as paisagens, mudando as rotas anteriormente traçadas.
E depois se tranquiliza e resolve dar um tempo, cai numa rotina interminável e nada muda...
De repente  numa fúria incontrolável, ele se movimenta de novo e,  como se estivesse com raiva, sai arrastando tudo que vê pela frente e, com ele, as lágrimas da chuva, que caem sem controle, por não conseguirem entender a razão de estarem ali.
E o ciclo vicioso continua, às vezes aliviando o calor das emoções, às vezes gelando os corações e quase sempre empurrando para a frente aquilo que está estagnado.
E, mudando seu rumo, vai deixando pelo caminho felicidades, tristezas , lições, desilusões, amores... experiências e... crescimento!!!
                     Cida Trindade.

segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Queria ter uma vida boa, feliz e com muito amor...
Era criança e sonhava que conheceria um príncipe, que ficaria comigo até o fim da minha vida, teríamos filhos e nossa casa seria enorme e cheia de alegria...
Cresci, conheci homens que pareciam príncipes e se transformaram em sapos e, mesmo assim, me casei com um deles, por um pequeno e curto período, fui feliz, tinha minha casa, sempre limpa e perfumada e tive minha filha... Um presente que Deus, em seu infinito amor, me deu, minha filha...
Desde o início da gestação, eu sabia que ela viria a este mundo para viver sua própria vida, que não seria “minha” e, sim, do mundo, porque ninguém é de ninguém.
Ela foi crescendo, com uma personalidade marcante, senhora de si, sabendo exatamente o que queria, não como eu, que, por amar muito a todos, me tolhia e não alçava voos maiores.
Hoje eu sei que deveria tê-lo feito, afinal, eu também nasci para ser do mundo e não me entreguei a ele, fiquei  perto de todos, com medo de que partissem e me deixassem sozinha...
Sozinha... sozinha... Como estou agora: Sozinha!!!
Porque não segui o rio de minha vida ou, talvez, o tenha seguido e fiquei presa em alguma curva do seu trajeto, sem conseguir acompanhá-lo até o final. Não acompanhei o desenvolver da vida e parei, sozinha, esperando que as coisas mudassem... NADA!!!
Hoje, pensando em tudo que fiz, notei que, as pedras que encontrei, eu as empilhei à minha frente, atrapalhando minha própria trajetória e vejo que de nada adiantou amar sem medidas... De nada adiantou pensar primeiro nos outros... Estou sozinha e continuarei assim até o fim, mesmo que me aproxime das pessoas, que me reúna a elas, vez ou outra, sempre voltarei sozinha para casa.
Não me arrependo do que fiz, me arrependo do que deixei de fazer.
Não lutei o suficiente para ficar com o amor de minha vida, mas ele também nunca lutou para ficar comigo e, de vez em quando, ainda me liga e diz que queria estar comigo, que sua vida seria diferente, talvez, melhor... E , eu, dou risada, triste, mas rio, porque ele sempre foi covarde, nunca teve coragem de sair à luta pelo que queria, outro sapo.
Vou ficar assim mesmo, até o dia de descer do barco e voar de volta ao verdadeiro Lar.

Espero que seja em breve!!!                                            Cida Trindade