O tempo passa e atravessa as avenidas
E o fruto cresce, pesa e enverga o velho pé E o vento forte quebra as telhas e vidraças
E o livro sábio deixa em branco o que não é
O tempo passa e tudo fica para trás, o fruto amadurece e é apanhado para ser comido, ou é arrancado bruscamente por alguém que não quer vê-lo onde está, ou, então, ele apodrece, assim como nossos pensamentos, quando estamos com uma idéia que não pode sair do papel... daí, vem o vento e as leva para longe, quebrando as esperanças como se fossem vidros e tudo fica vazio, vazio de pensamentos, vazio de esperanças, vazio...<
Pode não ser essa mulher o que te falta
Pode não ser esse calor o que faz mal
Pode não ser essa gravata o que sufoca
Ou essa falta de dinheiro que é fatal
Vê como um fogo brando funde um ferro duro
Vê como o asfalto é teu jardim se você crê
Que há sol nascente avermelhando o céu escuro
Chamando os homens pro seu tempo de viver
E que as crianças cantem livres sobre os muros
E ensinem sonho ao que não pode amar sem dor
E que o passado abra os presentes pro futuro
Que não dormiu e preparou o amanhecer...
... a liberdade tão sonhada, a sua vontade de voltar no tempo e viver sua infância como nunca conseguiu viver... lembra-se, então, das dores que te acompanharam uma vida toda e não consegue se livrar desse passado tortuoso, para tornar a buscar novos sonhos, novo alvorecer, nova vida... mas ela virá um dia... Há de vir!!! ...<
Maria Aparecida Trindade – interpretando a letra do Taiguara – 06.04.2012
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DEMAIS !
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